Liberdade de Expressão? - O seminário

No dia 3 de Junho vamos apresentar, em 10 minutos, um seminário sobre um dos pontos do programa.
Eu escolhi explorar o tema da liberdade de expressão na Internet.
A Internet é um meio aberto a todos e através de blogs como este podemos fazer todo o tipo de comentários em relação a tudo e mais alguma coisa, sem problemas.
Há quem pense que os utilizadores da Internet têm liberdade a mais, por isso, nos EUA, por exemplo, criou-se o Communications Decency Act, com o objectivo de restringir as liberdades. Por outro lado há também quem pense que se deve ter mais poder na Internet, para isso propôs-se o Citizens Internet Empowerment Coalition, uma iniciativa que promove a liberdade de expressão e o poder dos cidadãos na Internet.
O meu objectivo é fazer um contraponto entre as duas ideias: explorar os argumentos, perceber as razões e as consequências de cada uma.
Será que pondo regras na liberdade de expressão evitaríamos problemas como o das caricaturas de Maomé no jornal dinamarquês? ou será que fazendo isso estávamos a ir contra todos os princípios de liberdade de expressão que vimos a defender enquanto membros do mundo ocidental há anos e anos?
Ao mesmo tempo, será que a liberdade de expressão existe sempre ou só existe até ao ponto em que interfere com a liberdade dos outros e os incomoda? Porque se assim for, as caricaturas e criticas têm de ser revistas, uma vez que podem ser consideradas desrespeitosas.
É isto que eu pretendo explorar no seminário, em forma de argumentação, "debate de ideias".

Criatividade a mais?

Perante este tema pensei..será que o problema é a criatividade em excesso?ou será que são ideias a mais?
Hoje em dia confunde-se criatividade com meras ideias. Não é por uma pessoa ter muitas ideias que é criativo e que gera inovação numa empresa. Pode-se ter muitas ideias e nenhuma ser aproveitada.
Numa outra cadeira tive de ler um texto sobre a Altitude software. Neste texto li que enquanto metade das propostas portuguesas para a empresa eram aproveitadas para os produtos, só 5 a 10% das propostas dos colaboradores americanos é que são aproveitadas. E isso dá-se por falta de qualidade?NÃO!Dá-se por excesso de sugestões!
Em vários casos a criatividade não é devidamente estimulada, podendo até surgir pressão sobre os 'criativos' de uma empresa, que, por falta de tempo, têm ideias "rápidas", em maior quantidade e menor qualidade.
Será que as empresas não deviam estimular os encontros de criatividade informais?Saíriam a ganhar,certamente. Principalmente porque com menos pressão, teriam mais tempo para pensar nas ideias, com um melhor resultado, mais qualidade.

"País do Enterior Desquecido e Ostracizado"

Demorei um pouco para fazer este post porque não conseguia decidir qual era a minha opinião sobre o assunto...o papel de Portugal na Sociedade de Informação??! Nem sei bem...para já, porque vejo que outros países estão muito mais avançados que nós. E depois porque não basta dizer isto.
Os outros países estão mais avançados que nós no que toca à tecnologia, sim. MAS isso acontece porque os outros países têm sociedades que em si são mais avançadas. Não têm um interior tão esquecido, envelhecido e alienado das evoluções tecnologicas como Portugal tem. Existem pessoas no nosso país que nem sabem o que é a Internet.
Vi hoje na televisão, no telejornal, que o Governo tenciona tornar obrigatório o pagamento do selo dos carros pela Internet, apenas e só pela Internet. E eu pergunto: como é que as pessoas que vivem no interior do país, naquelas aldeias pequenas e longinquas vão fazer para pagar o selo? A peça que se seguiu deu forma à minha duvida...foram entrevistadas várias pessoas de uma dessas aldeias que nem sequer sabiam o que era a Internet! Esta situação só me lembra aquele sketch do Herman Sic, o CREDO ("Canal Regional do Enterior Desquecido e Ostracizado") e dei por mim a pensar...será que Portugal se está a tornar um país que ignora o seu interior?
Posto isto...parece que, perdoem a expressão, se está a por a carroça à frente dos Bois.
Claro que a Internet poderia facilitar o processo e diminuir a burocracia. Mas o país tem de se preocupar primeiro em tornar essas tecnologias acessiveis a todos, de modo a que todos saibam como funcionam e para que servem. As tecnologias em Portugal precisam de ser acessiveis a todos, precisam de ser, como se dizia no outro dia na aula, uma commodity.
Muitas vezes ouvimos dizer que Portugal está muito atrasado em relação aos outros países. Claro que sim. Mas para os podermos alcançar temos de fazer mudanças estruturais na forma como educamos a nossa populaçao, tanto em termos de mentalidades como em termos de tecnologias, para não ficarmos para trás. E para isso acontecer temos de nos preocupar com estas questões de desenvolvimento e não com outras questões como...um TGV.
Concluindo pergunto...Portugal tem um papel na Sociedade da Informação?

O que se diz por aí

Conforme foi pedido, fui navegar pelos blogs dos meus colegas e cheguei ao da Micaela, que me chamou a atenção.
Primeiro, porque também fui dessas crianças a quem deram o Game Boy, a Mega Drive, etc. E depois, porque me lembrei de mais um factor.
Tal como a Micaela, também acredito que o nosso comodismo vem da evolução da sociedade. Porque com a evoluçao da ciencia e das tecnologias, cada vez precisamos de fazer e esperar menos para ter as coisas "na mão". Ninguem espera por um autocarro durante 20 minutos quando o metro vai exactamente para o mesmo sitio em 5.
Ao mesmo tempo, há o preconceito em relaçao a quem não tem as coisas mais actuais: como quando éramos pequenos, quem não tinha o game boy era quase excluido do grupo (as crianças são crueis).
Mas eu pergunto...isto será só questão de se dar muito?
As crianças, como sabemos, são influenciadas por aquilo que veêm, tanto nos amigos como na televisão. E cada vez mais a televisão mostra publicidade direccionada especificamente para as crianças. E elas, ao ver isso, ficam entusiasmadas, também querem brincar com a cozinha da Branca de Neve que tem panelas e tudo (ou, no caso dos rapazes, querem aquele jipe eléctrico que funciona como os carros dos pais). Na altura do Natal até chega a ser exagerado. São anúncios e mais anúncios de Barbies, Action Man, Carros de Corrida, Bonecas que comem e falam, tudo. E já nem os dividem por bonecos...dão blocos de anúncios por marca.
Com a chamada peer presure com a qual as crianças sofrem ainda mais, torna-se quase imperativo terem esses bonecos. E os pais zelosos não vão querer que os filhos tenham menos que os outros.
Assim, quando uma criança pede a consola mais recente ao Pai Natal ou, já mais velhos, uma televisão para o quarto, um dvd, etc, os pais tendem a ceder.
É este o ponto que acrescento ao da Micaela, porque não é só a sociedade que muda rapidamente e os pais que dão demais a crianças que pedem demais. A publicidade cada vez mais especializada no público-alvo tem muita influencia também.
E tudo isto leva ao comodismo, e aquela vontade de ter tudo no momento.
Até a proxima!=)

Mundo Novo?

Hoje em dia, a publicidade marca várias decisões que tomamos. E porque será isso? Será pelo espaço cada vez maior dado aos anúncios na televisão? Será porque apelam aos sentidos?
Cada vez mais os anuncios se apresentam mais criativos, engraçados, etc. Veja-se o exemplo do anúncio do Série 1 da BMW, com o Sapo Cocas (na versão oficial!...e não só=P).
Eu, pelo menos, vejo reflectido em mim o efeito do "império do novo": parece que cada vez que é lançado um produto novo no supermercado eu fico logo cheia de vontade de experimentar. Faz parte da minha curiosidade, sempre foi assim! Mas será que ver um anuncio ao produto na televisão não ajuda? Parece que funciona através de uma "lavagem ao cerebro", certos anúncios dão tantas vezes e são tão engraçados que levam a comprar. São eficazes, isso é certo!
O anúncio do novo produto da compal, o da fruta, por exemplo. Mexe com várias destas características do Mundo em Mudança. Para já,a ideia é engraçada. Depois apela ao público feminino (o miúdo a falar com a mãe), tem vantagens em ser rápido e prático (não temos de descascar a fruta, tem as mesmas vantagens, que mais podemos pedir?!) e por fim, é fruta, isso deve apelar à ideia de prazer!
Estas características do mundo em mudança levam-me a pensar que a publicidade parte delas para vender produtos. Porque já sabe o que as pessoas da sociedade moderna querem (rapidez, coisas práticas) e o que lhes chama a atençao (prazer,coisas novas).

O Inicio

São muitas as vezes que nos pedem, na faculdade, para fazermos trabalhos. A cadeira de "sociologia da cultura dos meios digitais e interactivos" é diferente...além de discutirmos vários temas, devemos criar um blog para reflectir sobre eles.
Assim de inicio parece-me interessante...é diferente, talvez seja por isso. Mas resta a pergunta: será que a imaginação chega?
Os temas planeados para as aulas parecem-me...giros. É engraçado analisarmos a sociedade contemporânea tendo em conta a tão falada revolução digital. É a eterna questão do isolamento dos indivíduos, da falta de socialização. Será isso tão linear?
As mudanças na cultura e na forma de educação são, a meu ver, das mais interessantes...com toda a evolução na tecnologia não será preciso mudar a forma de aprender? Precisamos de formas mais imediatas de aprendizagem, que captem mais a atenção e o interesse de quem aprende.